quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Gilberto Müller vence a eleição do CACIP

Foto: "Luan Santana"
O novo presidente do Centro Academico de Ciência Política – CACIP/UNINTER Gilberto Müller venceu com facilidade as eleições, obteve 23 votos contra 15 de sua oponente Ana Maria Domingues. Terá sob sua responsabilidade, no ano de 2012, articulação e atuação em favor dos interesses da atividade estudantil em conformidade com a representação de seus sócios junto à FACINTER e sua entidade mantenedora, buscando portanto, a ampliação da participação dos estudantes de CiPol.

Com apoio do atual Presidente João Rocha Loures, Gilberto Müller, evidentemente destacando um discurso coeso, na medida em que destacou a altonomia do CACIP para além das dificuldades junto a instituição. Gilberto, destacou que, os academicos terão nele um Presidente atento as preocupações coletivas.

As eleições no CACIP tiveram atraso na homologação do resultado que, por sua vez foi legitimo, revisado e validado junto a comissão eleitoral e os delegados (fiscais) das chapas que estiveram em disputa. Gilberto Müller, o giba, já como presidente eleito, agradeceu o apoio dos amigos e comemorou a vitória nas redes sociais.

Parabéns a todos os integrantes de chapas por, oportunizar um momento singular na história do CACIP.

E, Onde será o brinde para comemoração do pleito da Chapa 2?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

CACIP encerra eleição para diretoria 2012


Terminou às 22 horas desta quinta feira (17) a eleição que vai definir o novo presidente e a diretoria do Centro Acadêmico de Ciência Política (CACIP). Compareceram as urnas 44 acadêmicos do Curso de Ciência Política FACINTER. A apuração teve inicio às 21:35 e deverá ser homologada junto aos dados dos acadêmicos devidamente matriculados em CiPol/FACINTER - em conformidade com § 2° do Cap IV do Estato do CACIP.
O dia decisivo marcou a peregrinação das chapas sob a reivindicação - consensuado entre os concorrentes - no espaço para exposição das propostas para gestão de 2012. Ainda foi apontado a possibilidade de postergar o pleito, mas, a comissão eleitoral não acatou por acreditar que poderia prejudicar a imagem da entidade, além do desgaste na retratação e desconformidade com edital publicado. A disputa que envolveu campanhas nos bastidores e articulação política entre os estudantes é um marco histórico na mobilização e participação na disputa pelo comando do CACIP.
Dois candidatos(as) estão na disputa: Acadêmico Gilberto Müller , representante da chapa situação, mede forças com o acadêmica, Ana Maria Domingues. Essa é a segunda vez na história da entidade que duas chapas disputam a presidência – a anterior foi em 1983 na ocasião da fundação em 2001.

O candidato(a) que sair vitorioso(a) da disputa terá a responsabilidade de reconhecer, estimular e atuar em favor dos interesses da atividade estudantil, representar seus sócios junto à FACINTER e sua entidade mantenedora, buscar a ampliação da participação da representação de seus sócios nos órgãos colegiados, Organizar e orientar as atividades associativas e o desafio de auxiliar na retomada do crescimento do Movimento Estudantil – de preferencia apartidário – dentro da FACINTER.
As últimas, desde o lançamento do edital das eleições, os acadêmicos tiveram tempo suficiente para se organizar e formalizar as respectivas candidaturas - ambos os candidatos por puderam sentir a grande dificuldade de mobilizar os acadêmicos na participação da politica estudantil – para além das diretrizes burocráticas do calendário institucional da FACINTER. O Resultado será homologado e divulgado. Desde já agradecemos o empenho e cordialidade das Chapas durante o pleito eleitoral.

Texto e foto: João Rocha Loures

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

marxismo acadêmico e marxismo político

Adriano Codato

- quais deveriam ser as características centrais e o perfil de uma revista teórica marxista que esteja à altura dos desafios intelectuais e políticos postos pelo século XXI?


Adriano Codato: "A pergunta proposta sugere ao menos três dificuldades a serem enfrentadas por um periódico autonomeado “marxista”: 1) o lugar e a função do conhecimento teórico nessa tradição; 2) o papel político e cultural dos intelectuais marxistas na conjuntura presente; e 3) a serventia de uma revista universitária que pretende difundir o marxismo (também, ou principalmente, em função de sua audiência) como teoria social.

Como um meio para refletir sobre e fazer avançar o marxismo teórico, a publicação não pode deixar de buscar, selecionar e editar artigos que pretendam reinterpretar os textos clássicos dos clássicos do marxismo.

Mas esse trabalho exegético só terá sentido se mais adiante os achados aí presentes resultarem em conceitos de médio alcance, noções operatórias, estratégias analíticas para serem utilizados numa ciência social empírica. Esse é, a meu ver, a principal contribuição política e cultural que os intelectuais marxistas podem dar na conjuntura presente.

Nesse sentido, estamos bem longe da busca do marxismo puro e duro ou do “verdadeiro Marx”.

Essa miragem filosofante foi responsável por parir, no século XX, tantos marxismos quantos analistas disponíveis. As ideologias teóricas que surgiram daí, cujo efeito foi encerrar a discussão e não permiti-la, criaram uma série de campos de força que dividiram artificialmente as ciências sociais em “Sociologia burguesa” e Teoria Marxista.

O prejuízo contabilizado por essa separação bizantina, que parece ter mais a ver com as vantagens simbólicas que cada partido teórico retirou (e retira) dessa luta ideológica, implicou o isolamento provinciano de ambas as partes – e ele foi, penso eu, muito mais prejudicial ao marxismo acadêmico. A redescoberta do pensamento de Marx nos últimos anos em alguns círculos intelectuais e sua nova popularidade (novos periódicos, novas traduções, vários encontros científicos, reedições de textos, etc.) parece, todavia, refletir e repetir os mesmos defeitos. Seja como convicção partidária, seja como ideologia universitária, supõe-se, em geral, que os textos clássicos dos clássicos do marxismo (Marx, Engels, Lênin, Gramsci) já fornecem uma teoria auto-suficiente da sociedade.

Ora, uma revista como Crítica Marxista será tanto mais relevante --- em termos políticos e culturais – se ela conseguir apresentar justificações críveis para tomar o pensamento de Marx como uma “ciência social”. E isso em dois sentidos: (i) como um tipo de conhecimento sociológico, e não apenas como uma teoria normativa e/ou uma visão social de mundo; e (ii) como um gênero interpretativo, que consiste em conectar as ações e instituições políticas à sua dimensão social (combatendo, nesse sentido, o politicismo das análises da corrente dominante).

Essa postura implica assim uma compreensão diferente dos textos de Marx, mais interessada nas suas operações analíticas do que na monumental parafernália teórica sobre a qual elas se apóiam. São essas operações analíticas que podem ajudar a formular estratégias intelectuais para conectar microevidências à macroteoria e propor conceitos de médio alcance para colaborar na pesquisa social".

adrianocodato.blogspot.com/

BREVE COMENTÁRIO DA TEORIA DA AÇÃO COLETIVA DE MANCUR OLSON

Por Cristiano Bodart

Na obra Lógica da Ação Coletiva, Mancur Olson tem como objetivo explicar o comportamento de indivíduos racionais que se associam para a obtenção de algum benefício coletivo. Sua pretensão é apresentar uma alternativa a teoria tradicional de grupo. Sua teoria gerou um significativo impacto sobre a ciência política contemporânea, mesmo entre seus críticos.


É importante notar que seu objeto de estudo é o comportamento de indivíduos racionais que têm como objetivo a obtenção de benefícios coletivos que se convertam em vantagens individuais. Para desenvolver sua teoria, Olson se apóia no conceito de benefício coletivo como um “benefício indivisível”, ou seja, aquele que uma vez consumido por um grupo não pode ser negado a uma pessoal deste grupo, mesmo que este não tenha se dedicado em sua obtenção.

Segundo Olson, o interesse comum dos membros de um grupo pela obtenção de um benefício coletivo nem sempre é suficiente para levar cada um deles a contribuir para a obtenção desse benefício. Existem circunstâncias onde o indivíduo do grupo sabendo que o benefício coletivo não lhe será negado, independentemente de sua participação ou não (por se tratar de um bem coletivo), tenderá a se escusar, a fim de ampliar seu bem estar, deixando que os demais paguem pelos custos de sua obtenção.

A decisão de todo indivíduo racional sobre se irá ou não contribuir para a obtenção do benefício coletivo depende se os custos da ação forem inferiores aos benefícios alcançados. Olson argumenta que grupos menores tendem a ter maior adesão de seus membros, isso se dá por vários fatores, entre eles ao fato de o benefício ser dividido por um número igualmente reduzido de participantes, sendo o benefício recebido significativo a cada membro. Para ele, grupos grandes são mais susceptíveis a não atingirem seus objetivos, isso se dá por ser o benefício diluído a tal ponto que os custos da participação se excedem aos benefícios alcançados, desestimulando o indivíduo. Outro motivo se dá pelo fato de que a não participação do indivíduo não apresenta grande impacto sobre o resultado, como geralmente ocorre em grupos pequenos. Assim, grupos grandes tendem a ter indivíduos não atuantes, mas que serão beneficiados pelos resultados, uma vez que se trata de benefícios coletivos, daí a necessidade de algum tipo de coerção sobre o não-participante ou um benefício exclusivo para os indivíduos atuantes.

Comentário a partir de:

OLSON, Mancur. A Lógica da Ação Coletiva. Trad. Fabio Fernandez. São Paulo. Edusp, 1999. pp. 13-64

Reforma Política começa a ser debatida no Congresso


A proposta de reforma política que começa a ser debatida no Congresso, a partir desta terça-feira, deve aprovar uma mudança radical na eleição de deputados. Isso porque, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, há uma grande chance de os partidos condenarem à morte o atual sistema proporcional, baseado em coeficiente eleitoral. No lugar entraria o voto majoritário simples, ou seja, quem tem mais votos é eleito. Hoje, as vagas são distribuídas conforme o número de votos recebidos pela legenda ou coligação. Levando em conta esse resultado, o partido tem direito a um número de eleitos, mesmo que alguns tenham menos votos que outros candidatos. A mudança tornará inútil a figura do candidato puxador de votos, geralmente representado por algum polític o importante ou por celebridades. Tanto que a proposta do voto majoritário simples foi, ironicamente, apelidada de "Lei Tiririca" - ela impedirá justamente a repetição do fenômeno provocado pela eleição do palhaço, deputado pelo PR de São Paulo. Tiririca teve 1,35 milhão de votos e ajudou a eleger candidatos bem menos votados, como Vanderlei Siraque (PT-SP), que somou 93 mil votos, menos que outros dez candidatos não eleitos. Se aprovada, a "Lei Tiririca" vai gerar um imediato efeito colateral: tornará inúteis as coligações partidárias nas eleições proporcionais. Hoje, os partidos se aliam para formar chapas para somar forças e produzir um alto coeficiente. Na nova regra, uma aliança partidária não produz qualquer efeito, o que poderia levar alguns partidos nanicos à extinção.

Qual a sua opinião?


fonte: Rede de Participação Política