terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Reforma Política começa a ser debatida no Congresso


A proposta de reforma política que começa a ser debatida no Congresso, a partir desta terça-feira, deve aprovar uma mudança radical na eleição de deputados. Isso porque, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, há uma grande chance de os partidos condenarem à morte o atual sistema proporcional, baseado em coeficiente eleitoral. No lugar entraria o voto majoritário simples, ou seja, quem tem mais votos é eleito. Hoje, as vagas são distribuídas conforme o número de votos recebidos pela legenda ou coligação. Levando em conta esse resultado, o partido tem direito a um número de eleitos, mesmo que alguns tenham menos votos que outros candidatos. A mudança tornará inútil a figura do candidato puxador de votos, geralmente representado por algum polític o importante ou por celebridades. Tanto que a proposta do voto majoritário simples foi, ironicamente, apelidada de "Lei Tiririca" - ela impedirá justamente a repetição do fenômeno provocado pela eleição do palhaço, deputado pelo PR de São Paulo. Tiririca teve 1,35 milhão de votos e ajudou a eleger candidatos bem menos votados, como Vanderlei Siraque (PT-SP), que somou 93 mil votos, menos que outros dez candidatos não eleitos. Se aprovada, a "Lei Tiririca" vai gerar um imediato efeito colateral: tornará inúteis as coligações partidárias nas eleições proporcionais. Hoje, os partidos se aliam para formar chapas para somar forças e produzir um alto coeficiente. Na nova regra, uma aliança partidária não produz qualquer efeito, o que poderia levar alguns partidos nanicos à extinção.

Qual a sua opinião?


fonte: Rede de Participação Política

5 comentários:

  1. Não sei até que ponto a extinção de partidos nanicos, ou melhor, a concentração nos grandes partidos pode ser benéfica para o sistema eleitoral brasileiro. O PMDB, ao meu ver, é um exemplo da incoerência provocada pelo excesso de caciques em uma unica tribo.

    Esta maioria simples vai intensificar o caráter personalista do voto. Um candidato popular nem precisaria de um partido, idéia que vejo com bons olhos, pois os interesses partidários tem tomado muito espaço da agenda política.

    Essas são opiniões superficiais, pois não podemos analisar uma idéia isoladamente. É preciso levar em conta outros fatores da reforma política, entre estes, o voto distrital, financiamento público, lista aberta ou fechada, enfim, analisar somente um aspecto, não nos dará uma visão geral dos possíveis prós e contras.

    Rodrigo M. Britez.

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  2. Rodrigo,

    Essa uma questão a longo prazo, é possivel ver com bons olhos. Incoerente aqui é a comissão caciquista quem trata desses aspectos conjunturais...

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  3. Saudações Anônimo,

    Em questões de longo prazo, tudo é possível ser visto com bons olhos, pois trata-se de projetos, idéias, não é a realidade de fato.

    Eu não consigo ver com bons olhos uma reforma realizada pelos que mais decepcionam o povo, mas eles só fazem isso porque esse mesmo povo permite. Espero que na época da formulação desta reforma política, este povo esteja atento.

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  4. Sério???
    Esses mesmos que decepcionam o "povo" vieram desse "povo".

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  5. Bom meu caro Anônimo, se você acredita que o povo é uma massa homogênea e igualitária, eu vou preferir mantê-lo na suas crenças.

    Só a título de curiosidade, procure pesquisar de que extrato social os políticos surgem; qual é o histórico político-familiar desses que ocupam cargos representativos; compare essas informações com as estatísticas da população em geral e possivelmente esta sua idéia de "povo" será um pouco ampliada.

    Um dos vários problemas do nosso país é que parte da sociedade que tem a oportunidade de cursar uma universidade, chegando a aprender alguma coisa sobre a estrutura política, prefere usar este conhecimento para se destacar em partidos e puxar o saco dos políticos para obter algum cargo de confiança. As pessoas precisam ganhar o pão de cada dia, pena que algumas preferem abrir mãos de princípios éticos para fazer isso.

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